A pauta do dia foram as chuvas torrenciais que castigaram a cidade hoje de manhã. Imagens recorrentes que acabam sendo um prato cheio para a imprensa criar suas narrativas, mas por outro lado atormentam a vida de milhares maranhenses que moram em áreas de risco e aqueles que precisam se locomover para fazer suas atividades. Nada de novo e mais uma vez foi um caos anunciado.
Acho que não precisamos ficar apontando os culpados da vez, os problemas são os mesmos, os especialistas já foram ouvidos em diversas oportunidades, exemplos viáveis de outras cidades já foram apresentados e para azar do povo, o adágio popular digno de Sucupira do Norte é recorrente na mentalidade da maioria dos políticos maranhenses, “obra embaixo da terra não dá voto”. E se o problema continua, todos nós somos culpados.
Analisando um pouco o papel da imprensa nesse processo, tem uma música do vocalista da banda camisa de vênus, que tem um trecho interessante “ eu chorava no quarto quando chegou a TV, mas não disseram a verdade e nem mostraram o porque. Minhas mãos banhadas de sangue, lavadas do horror, pensaram que era outro filme e chamaram o patrocinador”.
O que passou despercebido para a maioria, chamou a atenção dos mais atentos, se foi proposital ou não, não saberemos, mas aconteceu e deixou o prefeito de São Luís fragilizado no seu discurso. Hoje durante o Jornal do Maranhão primeira edição um fato chamou a atenção. O programa entrevistou o professor universitário Leonardo Soares, que discorreu muito bem sobre o que era necessário para resolver o problema, nada de novo nas soluções apresentadas, mas ele teve coragem de falar que as medidas adotadas em situações como essa são apenas paliativas, até ai tudo normal e até previsível dentro do jornalismo, porém no bloco seguinte a entrevista da vez foi com o prefeito Eduardo Braide, que repetiu as mesmas medidas paliativas citadas anteriormente pelo professor. o Prefeito ainda tentou dar uma escapulida para o plano diretor, mas não convence muito, umas vez que os pontos críticos da cidade continuarão com problemas até serem solucionados com obras de saneamento básico. É importante frisar que a responsabilidade não é somente sua e se arrasta por todos os prefeitos que ocuparam o cargo.
Resumindo, a impressão que temos é que toda a sociedade vive numa espécie de realidade paralela, onde assistimos bestificados a mesma clássica politica e com apoio da imprensa diga-se de passagem, prometer resolver o problema crônico de saneamento básico dessa cidade há décadas, foram tantas promessas não cumpridas e “esquecidas” por quem tem o dever moral de cobrar. Nós os cidadãos.
Dayse Waldorf
Todo ano isso, os próprios políticos vendem a ideia de “ajeitar” a cidade, Estado mas só ficam em promessas que se arrastam a anos de gestão em gestão; a população em parte, também tem sua culpa, pois não colabora. Muitos jogam lixos em ruas e depois colocam a culpa na natureza – chuva e nos próprios políticos, se isentando.
Infelizmente, não veremos tão cedo uma drenagem Eficaz na cidade já que levaria tempo, o famoso R$ e ainda poderia ter a famosa picuinha em tempos próximos à eleições e a não finalização do trabalho. São Luís sendo a ilhota!