O Telejornal Jornal da Guará encerra uma jornada de 12 anos

Ontem, dia 9 de janeiro, a cena do “último Jornal da Guará”, protagonizados pelos jornalistas Hugo Reis e Marcus Saldanha formou um suspiro para além do bem e do mal (aquele paciente terminal que agoniza e causa sentimentos contrastantes, mas plenos de puro amor…). Assim foi a despedida dos jornalistas responsáveis pelo telejornal e suas nuances políticas, muitas consagradas na respectiva seara, do nosso idiossincrático estado.

 

No fim, tudo acaba; poético e tautológico, como a vida e o ser (aquilo que ” é e não pode não ser”). Nos descaminhos de nomear o mundo, os processos de ruína são tão líquidos como a sociedade baumaniana.

A Emissora nasceu como um sonho de Wonka de Roberto Albuquerque, empresário curtido no ambiente escaldante e apaixonado pela interação social tradicional maranhense. Ali, um embrião apareceu e foi crescendo até se tornar um ser inquieto e impertinente.

Foi ousada nas eleições de 2014 fugindo do padrão local de ser terremoto de um lado, calmaria de outro, embora tivesse uma linha editorial clara e equilibrada.

Às vezes os conservadores são mais seguros que os revolucionários. E revolucionários tem uma balança muito delicada, quase quântica, e, certamente, assentada na relatividade, onde um mero “bóson” descoberto, muda de lugar como mágica. As novas reações, incertas e cobertas de temperatura, pressão, catalisadores e etc e tal, levam a um composto dinâmico, onde o ser, deixa de ser. Viu, Seu Parmênides?!

E assim, a TV Guará resistiu depois de 2014, de 2016, de 2018, foi guerreira depois de 2020 e , com seu pequeno porte, sua humildade, sua alteridade, deixou uma marca única na Televisão maranhense: foi criativa, inclusiva e sobretudo INDEPENDENTE & LIVRE, o que causa pavor nos arrogantes e nos mal intencionados.

A TV Guará foi uma emissora guerreira enquanto foi independente. Seus estertores não representam sua trajetória.

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  1. Dayse Waldorf

    A emissora teve bons programas como: Os Analistas, Ô De Casa, Zé Cirilo, Maranhão TV e o próprio jornal, que souberam entretem bem a população, alguns colocando pontos para reflexões e caráter crítico.

    Infelizmente certas questões falam mais alto.

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