A importância de honrar seus ancestrais, enterrar os seus mortos, viver o seu luto, deixar seguir e passar o bastão. Assim, seria possível fazer em um tweet um resumo do filme ‘Pantera Negra: Wakanda Forever’, que estreia nesta quinta (10) em todos os cinemas do país mas que teve noite de pré-estreia para convidados nesta quarta em São Paulo.

O filme segue fazendo jus ao título de obra afrofuturista, exaltando toda a ancestralidade dos povos africanos, misturando ficção cientifica e trazendo uma bela mensagem para a diáspora africana. Importância essa de termos mais produções com negros no protagonismo da cena mas também nos bastidores. Só assim as histórias nossas começarão a serem contadas realmente por nós e respeitando quem somos.

Com muita sensibilidade, a obra presta uma bela homenagem ao ator Chadwick Boseman que morreu vítima de um câncer em 2020, e  interpretava o super-herói Pantera Negra. Além de homenagear o ator, dar um novo destino ao personagem central, o diretor aproveitou para inserir a temática do luto na trama.

Como você enterra os seus mortos? Como você lida com o luto? Para as milhares de pessoas que perderam algum ente querido ou pelo sentimento de luto coletivo pós-pandemia, impossível não se emocionar.

Além disso, Pantera Negra é carregado de representatividade e simbologias que remetem aos povos africanos – seja no destaque ao respeito aos mais velhos, ao sentimento de pertencimento, aos rituais espirituais, vestimentas e toda a beleza africana exaltada na obra.