Esta semana o advogado Ary Bergher, vice-presidente da Confederação Israelita do Brasil (CONIB), entrou com uma ação contra o cantor Roger Waters para que ele seja impedido de ingressar no país e realizar shows em território nacional.

A alegação seria apologia ao nazismo baseada na polêmica criada por autoridades alemãs um show no dia 17 de maio onde o fundador do Pink Floid usa um figurino e performance teatral nas músicas “In the  Flesh” e “Run Like Hell”, duas letras ácidas que criticam ferozmente regimes totalitários como o fascismo e próprio nazismo. Vale ressaltar que Roger Waters é judeu, teve o pai assassinado por nazistas durante a segunda guerra mundial, além de que ele já faz essa performance há décadas em seus shows.

Outro detalhe mais importante é que durante esse trecho do show é exibido no telão fotos de vitimas desses regimes autoritários como Anne Frank e Shireen Abu Akleh, jornalista palestino-americana da Al Jazeera que morreu em uma operação israelense há pouco mais de um ano.

 

E Foi nesse último que Roger Waters tocou na ferida do Estado Israelense, Estado esse que também é sionista e massacra há décadas os palestinos na faixa de Gaza com apoio total dos EUA e dezenas de países aliados, inclusive o Brasil do passado recente onde o inominável  ex presidente flertava frequentemente com o fascismo e a extrema direita alemã, mas nem essa aproximação com descendentes diretos de nazistas que participaram do holocausto foi capaz de fazer o sionista Ary Bergher deixar de idolatrar o mitômano brasileiro.

Alguns países estão adotando o argumento de que a critica seria uma espécie de apologia com argumentos contraditórios e sem sustentação cientifica. Sem me alongar deixo perguntas como forma de reflexão, o que vamos fazer com a memória de Charles Chaplin e o seu eterno o grande ditador? Vamos apagá-lo da história sem chance de defesa? Vamos execrar Steven Spilberg por ter feito o brilhante filme A lista de Schindler?

Como no Brasil tudo se copia e o pior, sem adaptações. Todo cuidado é pouco para Flávio Dino,             que pode ter sido levado para uma sinuca de bico embaraçosa onde diferente de Robinho e Daniel Alves, Roger Waters tem uma carreira irretocável e sempre atuou do lado certo da história.