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O discurso de vitimização do governo

Todos os holofotes da imprensa e da opinião pública estão voltados para crise que envolve Brandão e o grupo que o ajudou a ser governador.

Os passos dados de ambos os lados podem dizer muita coisa é verdade, porém são as interpretações que aquecem a pauta e movimentam o imaginário popular.

Seria mais do mesmo relembrar esses passos, algumas narrativas dizem que a relação azedou ainda no final de 2022, mas a exoneração de Felipe Camarão da Secretaria da Educação antes das eleições municipais desse ano foi uma decisão política do governador, publicada no diário oficial inclusive e deve ser considerado o “Marcus” zero desse eventual rompimento.

De lá pra cá o caldo só engrossou e os últimos movimentos expuseram a fragilidade do governo, acuados pelas decisões do STF nas ações capitaneadas pelo deputado Othelino Neto, Brandão cometeu o mesmo erro de Dilma Roussef que tentou dar foro privilegiado ao Lula um pouco antes da sua prisão, lembrando que qualquer semelhança não é mera coincidência.

O ato de nomeação foi um erro infantil e crucial, além de ratificar o caráter nepotista do governo Brandão, ele matou a estratégia de vitimização que a comunicação aliada vinha fazendo e que foi impulsionada com a comoção pela decisão do Ministro Alexandre de Moraes pela exoneração de Jackeline Helluy, sogra de Orleans Brandão que é secretário e sobrinho do governador, vale ressaltar que Jackeline já era funcionária da assembleia em outras gestões, profissional competente e de fino trato, mas precisamos ser francos, o cargo era de indicação política e nesse jogo não tem inocente.

O outro erro foi apressar a eleição para a presidência do TCE, será que Brandão não avaliou que está na iminência de perder a batalha pela Assembleia no STF e ainda sim reforça a aura nepotista do governo fortalecendo o sobrinho Daniel Brandão para o comando do Tribunal de Contas?

Voltando para o campo da midiático, os últimos movimentos tem dificultado a própria estratégia de comunicação do governo, afinal, por mais que seja legal a nomeação de Marcus Brandão e a eleição do Daniel Brandão para a Presidência do TCE, não soa bem defender o nepostismo, ainda mais quando o governo atua para impor parentes nas estruturas de poder do Estado operando nas brechas da lei.

Pelo visto, essa semana deve continuar tensa, ainda mais com o fracasso da tentativa de uma roda de negociação envolvendo o clã Brandão e parte dos seus aliados herdeiros do grupo politico criado pelo ex governador Flávio Dino.

Entre as notas de apoio e também de repudio, está a tentativa de convencimento do imaginário popular e caminho mais fácil é adotar o discurso de vitimização, mas como ser vítima se partiu da caneta de Brandão o primeiro ato oficial dessa guerra fria?  Além disso, a beligerância já se faz presente nos movimentos do governo.

Enquanto isso os dois lados estão armazenando pólvora.

 

 

Marcos Brandão, o cara certo para salvar Duarte Jr

Com a permanência de Felipe Camarão na SEDUC Duarte Jr ficou sem um nome forte para coordenar a sua campanha. O governo tentou Neto Evangelista para a missão, mas esse também declinou e com isso o melhor nome do grupo governista capaz de enfrentar Eduardo Braide segue esvaziado as vésperas da disputa.

Além de ser uma tradição, é uma necessidade que candidatos que disputam a eleição para cargos majoritários tenham um coordenador de campanha com liderança no grupo e uma excelente penetração na classe política.

Em virtude dos últimos acontecimentos e especulações envolvendo o grupo de Carlos Brandão e os remanescentes do grupo Dino,  o único nome que tem peso  para causar uma reviravolta na disputa para prefeitura de São Luís é Marcus Brandão.

O Presidente do MDB no Estado, Diretor de relações institucionais da Assembleia e também irmão do governador é o único nome capaz de unir de fato todos os partidos da base do governo colocando um ponto final no clima de racha entre a base aliada. Além disso, Marcus Brandão foi coordenador na vitória do irmão em 2022 e passado na casca do alho junto a classe política do Maranhão.

O governo precisa parar de olhar os Leões como poder supremo e enxergar a ameaça real que a reeleição de Braide neste ano pode causar em 2026.

Qualquer outro nome que venha ser escolhido demonstrará a intensidade da patada dos Leões nestas eleições.