Começou hoje, em São Luís a Campanha de Vacinação Contra Monkeypox, doença anteriormente chamada de “‘varíola dos macacos”. O Maranhão recebeu 478 doses da vacina. Além de São Luís, também iniciam a ação de imunização os municípios de Imperatriz e Bacabal.
Em São Luís, a vacina monkeypox estará disponível no Centro de Saúde (SAE) do bairro de Fátima, no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) – Hospital Universitário Presidente Dutra. Nas cidades de Bacabal e Imperatriz, elas estão sendo disponibilizadas no SAE de cada município.
A vacinação, em duas doses, com intervalo de 28 dias, será para um público específico definido pelo Ministério da Saúde (MS) e a vacina estará disponível no Serviço de Atendimento Especializado do Bairro de Fátima e no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais, que funciona no Hospital Materno Infantil.
O público-alvo da vacinação, definido pelo Ministério da Saúde, contempla homens cisgêneros, travestis e mulheres transsexuais com HIV/AIDS a partir dos 18 anos com TCD4 inferior a 200 células, profissionais que trabalham em laboratórios em contato direto com o vírus e pessoas que tiveram contato, considerado de risco médio e risco alto com pessoas infectadas pela Mpox.
O público prioritário deverá apresentar documento com foto e cartão de vacina. no caso de profissionais de saúde, é necessário comprovar a integração aos grupos prioritários com declaração de laboratório. No caso de pessoas vivendo com HIV/AIDS, é preciso estar na lista de monitoramento clínico.
Em São Luís, O secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, disse que o objetivo da vacinação é interromper a cadeia de transmissão. “A vacina é para situações de pré e pós-exibição ao vírus, para prevenir ou atenuar as manifestações clínicas da Mpox, por isso, não será aplicada de forma indiscriminada”, explicou.
Já a coordenadora de Imunização da Semus, Charlene Luso, informou que será necessário comprovar a elegibilidade para a vacina. “É preciso estar na lista de monitoramento clínico do HIV/AIDS e, no caso dos profissionais, eles devem apresentar declaração do laboratório. Quem teve contato com paciente de Mpox deve informar o nome do caso para confirmação e definição do tipo de exposição. Todo esse trabalho será orientado pelos técnicos da Semus que já foram treinados”, afirmou.
A Mpox é uma doença causada por um vírus, transmitida pelo contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoa infectada. A infecção provoca erupções na pele e sintomas como febre, dor de cabeça, dores musculares e cansaço. A doença não é considerada uma infecção sexualmente transmissível, pois pode infectar qualquer pessoa. Qualquer suspeita de Mpox deve ser encaminhada ao serviço de saúde.
ORIENTAÇÕES DOS SOBRE OS GRUPOS PRIORITÁRIOS:
Para a vacinação, serão priorizadas a proteção das pessoas com maior risco de contaminação e evolução para as formas graves da doença. Se enquadram nesses critérios:
– Pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA): homens cisgêneros, travestis e mulheres transexuais; com idade igual ou superior a 18 anos; e com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células nos últimos seis meses;
– Profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3), de 18 a 49 anos de idade;
– Pós-exposição: pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundia de Saúde (OMS).
Nesse último caso, pós-exposição, também existem regras específicas. O público apto a se vacinar precisa:
– Ter tido um contato de médio ou alto risco de exposição (Quadro1) com um caso index suspeito, provável ou confirmado para mpox;
– Ter entre 18 a 49 anos de idade;
– Comparecer ao serviço para vacinação até 4 dias após a exposição.
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