A política como ela é

“Em questões de estado, cuide das formalidades e pode esquecer as moralidades” escreveu Mark Twain certa vez.

Em períodos de campanha eleitoral os discursos são os mais progressistas possíveis, austeridade, responsabilidade fiscal e a promessa recorrente da formação de um secretariado técnico capaz de promover transformações reais na administração pública e na vida do cidadão. Mas passada a euforia da eleição a conta das alianças partidárias chega, todas as promessas caem por terra, a desfaçatez predomina e como num passe de mágica quase ninguém mais lembra o que foi prometido em tão pouco tempo. Um fenômeno realmente impressionante.

Vamos pegar como exemplo o projeto Maranhão 2050, lançado ano passado no calor do debate político e vendido como um planejamento audacioso para o futuro do Estado, mas pelo visto não passou de uma apresentação para inglês ver, onde até o idealizador do projeto, o então secretário de planejamento Luís Fernando foi mudado de pasta e “escanteado” no governo.

E assim aconteceu em outras áreas do novo governo, onde ficou claro que em primeiro lugar está a política e seus dependentes que sobrevivem exclusivamente dela tornando o Estado uma grande empresa para poucas famílias. Não importa se a secretaria da mulher posta uma foto expondo duas mulheres negras tentando mascarar sua verdadeira origem como não importa entregar a secretaria de indústria e comercio para um gestor condenado por improbidade administrativa, entre outros nomes sem especialidades para comandar pastas importantes da máquina administrativa. Mas nada disso importa, o principal pré requisito é a política, assim como ela é.

E tudo isso esta claro nas manchetes que assistimos e lemos passivamente todos os dias, só não percebe quem não quer.

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  1. Dayse Waldorf

    As nojeiras. Por essas e outras que não acredito em nenhum político e ou pseudo político, faz tempo.

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