Carnaval 2024: São Luís e Olinda números que atestam a nossa incompetência

Passada a empolgação dos shows milionários no carnaval o resultado foi bem diferente da expectativa que foi gerada e com pouco saldo para comemorar.

Apesar dos investimentos pomposos e as manchetes fantasiando grandezas, o resultado real foi bem abaixo do propagado. Segundo os dados oficiais do ministério do turismo o carnaval do Maranhão sequer foi citado entre os 10 maiores do Brasil, bem diferente das notícias oficiosas que vendiam a ilusão que teríamos a maior e melhor folia do país.

Na real mesmo, segundo os números da secretaria de turismo 15.351 pessoas chegaram a São Luís através do aeroporto Marechal da Cunha Machado. Ou seja, prefeitura e governo gastaram aproximadamente 25 milhões para receber apenas 15 mil pessoas, muito pouco para tamanho investimento. Isso sem levar em consideração a quantidade de pessoas que vieram a trabalho nas equipes de todos esses artistas e também os próprios maranhenses que vieram passar o carnaval em sua terra natal.

Agora se comparamos com o Carnaval de Olinda onde foi investido algo em torno de 15 milhões, o resultado é humilhante para o Maranhão.

Com pouquíssimas atrações de outros estados como Fundo de Quintal, Pitty, Martinalia e 95% de nomes do próprio Estado, o carnaval na cidade histórica pernambucana reuniu mais de 4 milhões de pessoas segundo os dados oficiais.  O impressionante é que mais da metade eram turistas que foram em busca de um  carnaval com identidade e respeito a cultura local.

Bem diferente do assassinato das nossas tradições que aconteceu aqui com o aval do poder publico, onde nossos gestores disputavam likes em redes sociais anunciando sem planejamento atrações milionárias nas vésperas do carnaval, enquanto nossos artistas foram relegados a coadjuvantes sem nenhuma valorização.

E pelo visto esse modelo de sucesso momentâneo deve continuar, afinal tanto a Secult quanto a Secma foram transformadas em produtoras de eventos de atrações milionárias, enquanto isso nossos artistas definham sem políticas públicas efetivas e assistem de fora do camarote a desapropriação cultural pelos inquilinos do poder sem nenhum respeito as nossas tradições.

 

 

 

 

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  1. William Moraes Corrêa

    Nota mil pra esse texto. Essa é a verdade. A realidade.

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