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Em 2023, massa de rendimentos e rendimento domiciliar per capita atingem recorde

No ano passado, com a melhora do mercado de trabalho e o aumento do número de beneficiários de programas sociais, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita chegou a R$ 398,3 bilhões, o maior valor da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. Na comparação com o ano anterior, o aumento foi de 12,2%, ao passo que em relação a 2019 (R$ 365,2 bilhões), ano que até então marcava o maior valor da série histórica, a expansão foi de 9,1%.

No mesmo período, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita cresceu 11,5% ante 2022, ao alcançar o valor de R$ 1.848 e também atingir o maior patamar da série, superando o registrado em 2019 (R$ 1.744). Esses indicadores consideram todas as origens de rendimento, ou seja, além dos provenientes do trabalho, há a categoria outras fontes, que é composta por aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e outros rendimentos. Os dados fazem parte do módulo Rendimento de todas as fontes, da Pnad Contínua, e foram divulgados hoje (19) pelo IBGE.

O rendimento médio real de todas as fontes cresceu 7,5% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 2.846 em 2023 e se aproximando do maior patamar da série histórica, registrado em 2014 (R$ 2.850). Após dois anos de queda com os efeitos da pandemia de Covid-19 (2020 e 2021), esse rendimento voltou a crescer em 2022, ao ser estimado em R$ 2.648.

Já o rendimento médio mensal real habitualmente recebido de todos os trabalhos (calculado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade ocupadas) foi estimado em R$ 2.979 em 2023, um aumento de 7,2% em relação a 2022 (R$ 2.780) e de 1,8% na comparação com 2019 (R$ 2.927).

Em 2023, o aumento desse rendimento resultou em uma massa mensal de rendimento de R$ 295,6 bilhões, o maior valor da série histórica da PNAD Contínua. Esse valor representa um crescimento de 11,7% em relação a 2022 (R$ 264,6 bilhões) e de 8,8% ante 2019 (R$ 271,7 bilhões).

“O aumento considerável da massa de rendimento do trabalho em 2023, comparando com o ano anterior, se deve tanto à expansão da população ocupada quanto à elevação do rendimento médio do trabalho. Em 2023, em relação a 2022, tinha 4,0 milhões a mais de pessoas ocupadas com rendimento do trabalho. Com essa expansão, a massa de rendimentos do trabalho também superou o valor de 2019, até então o ano com o maior valor da série da PNAD Contínua”, explica Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa.

Cresce proporção de pessoas com outras fontes de renda

As pessoas que tinham algum rendimento de trabalho equivaliam a 46,0% da população residente no país em 2023, um aumento ante o ano anterior (44,5%). Já 26,0% tinham alguma fonte de rendimento diferente do trabalho (outras fontes). Em 2022, essa proporção era de 24,4%. O crescimento dessa parcela da população, que não ocorreu nos dois anos anteriores, influenciou o aumento do grupo com algum tipo de rendimento (64,9%), que atingiu o maior valor da série histórica.

O rendimento médio de outras fontes cresceu 6,1% ante o ano anterior, chegando a R$1.837. Em 2019, atingiu o maior valor da série (R$ 1.892), mas caiu em 2020 (R$ 1.601), no primeiro ano da pandemia de Covid-19.

“Em 2020, essa queda acentuada de 15,4% pode ser parcialmente explicada por uma mudança na composição das pessoas que recebiam esse rendimento, o que se deve à forte expansão do número de pessoas que recebiam rendimentos de programas sociais, sobretudo Auxílio Emergencial, cujo valor médio era inferior ao valor médio de outros componentes como, por exemplo, aposentadoria e pensão”, detalha o analista.

Entre os componentes do rendimento de outras fontes, a maior média mensal seguiu com a aposentadoria e pensão (R$2.408), que cresceu 6,6% em relação ao ano anterior (R$ 2.258), mas permaneceu 3,6% abaixo do observado em 2019 (R$ 2.499). Em quatro das grandes regiões, essa também foi a categoria de maior valor médio entre os rendimentos de outras fontes. A exceção era o Sul (R$ 2.321), onde a média de rendimentos vindos de aluguel e arrendamento (R$ 2.661) superou essa categoria no ano passado.

No país, os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento tiveram valor médio de R$ 2.191, um aumento de 19,3% na comparação com o ano anterior (R$ 1.836). No ano passado, essa fonte representou 2,2% do rendimento médio mensal domiciliar per capita da população residente no Brasil.

Outra categoria presente na composição dos rendimentos de outras fontes é a de outros rendimentos, que inclui, por exemplo, os programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), além do seguro-desemprego, o seguro-defeso e as bolsas de estudo, entre outros. O rendimento médio das pessoas que declararam receber outros rendimentos chegou a R$ 947, o maior da série histórica.

Na comparação com 2022 (R$ 850), o aumento foi de 11,4%, enquanto em relação a 2019 (R$ 747), o crescimento do valor médio dos outros rendimentos foi ainda mais expressivo (26,8%). De acordo com o pesquisador, esse crescimento está relacionado, sobretudo, ao principal programa de transferência de renda do país. “O valor médio do benefício pago pelo Bolsa Família, que já tinha aumentado em 2022 (na época, Auxílio Brasil), voltou a crescer em 2023. Isso refletiu no valor médio dos outros rendimentos, principalmente pelo fato de que o rendimento proveniente do Bolsa Família é o de maior peso na rubrica outros rendimentos”, observa.

Já a média de rendimento da categoria composta por pensão alimentícia, doação e mesada de não morador foi de R$ 753, o que retrata um crescimento de 4,6% ante o estimado no ano anterior (R$ 720). Dentre os componentes de outras fontes, essa é categoria com menor proporção na composição do rendimento médio mensal domiciliar per capita (0,9%), percentual que vem se mantendo estável desde 2021 (0,8%). Apenas 2,3% da população do país recebia rendimentos vindos dessa fonte no ano passado.

Quando comparado ao ano anterior, houve aumento no valor médio de todos os componentes do rendimento de outras fontes – aposentadoria e pensão, aluguel e arrendamento, pensão alimentícia, doação e mesada de não morador e outros rendimentos, na média nacional. Com esse crescimento, o rendimento médio proveniente de outras fontes passou a responder por 25,8% do rendimento médio mensal domiciliar per capita em 2023. Em 2012, representava 24,3%.

No ano passado, a expansão do rendimento médio mensal real proveniente de outras fontes ocorreu em todas as regiões, com destaque para o Centro-Oeste (8,3%). Já no Nordeste, o aumento foi menor (4,1%). Nessa região, o rendimento de outras fontes representou 34,3% do rendimento médio mensal domiciliar per capita em 2023. No ano anterior, essa proporção era 34,1% e em 2012, 30,0%.

Em 2023, a proporção da população que recebia outros rendimentos chegou a 10,1%, um aumento de 1,2 p.p. comparado ao registrado no ano anterior (8,9%). O maior patamar foi em 2020 (14,3%), ano em que o Auxílio Emergencial foi criado para combater os efeitos da pandemia.

No ano passado, a categoria outros rendimentos representou 5,2% do rendimento médio mensal domiciliar per capita da população do país. No ano anterior, essa proporção era de 4,6% e no início da série histórica, em 2012, de 4,4%. Em direção oposta, a parcela do rendimento do trabalho nessa média passou de 74,5%, em 2022, para 74,2% em 2023. Esse resultado tem relação com o crescimento dos dois tipos de rendimento no período.

“Ainda que a massa de rendimentos do trabalho tenha aumentado consideravelmente, o rendimento de outras fontes cresceu ainda mais, aumentando levemente o seu peso no rendimento domiciliar. Entre os rendimentos de outras fontes, destaca-se a expansão dos rendimentos provenientes de programas sociais e de aluguel e arrendamento”, explica o pesquisador.

Percentual de domicílios beneficiários do Bolsa Família é recorde em 2023

A pesquisa também abordou a proporção de domicílios com algum beneficiário do Bolsa Família. No ano passado, quando a nova versão do programa foi implementada, a proporção de domicílios com beneficiários chegou ao maior patamar da série histórica (19,0%). Os maiores percentuais estavam no Norte (31,7%) e no Nordeste (35,5%).

Em 2012, cerca de 16,6% dos domicílios do país recebiam benefício do programa. Em 2019, ano que antecedeu a pandemia, essa proporção havia caído para 14,3%. No ano seguinte, com a presença do Auxílio Emergencial, a proporção de domicílios com beneficiários do Bolsa Família caiu para 7,2%, ao passo que os recebedores de outros programas sociais saltaram de 0,7%, em 2019, para 23,7% em 2020.

Em 2021, com a flexibilização das medidas sanitárias, o Auxílio Emergencial passou por mudanças, como a redução no número de parcelas e do valor médio recebido pelos beneficiários. Com isso, o percentual de domicílios que recebiam Bolsa Família (8,6%) voltou a crescer, enquanto a proporção de outros programas sociais (15,4%) caiu. Em 2022, esse comportamento se intensificou, com o fim do Auxílio Emergencial e a substituição do Bolsa Família pelo Auxílio Brasil, chegando a 16,9% e superando o patamar de 2012.

Outro ponto observado pela pesquisa foi a diferença de rendimento entre os lares beneficiados com algum programa de renda e os que não recebiam esse tipo de auxílio. Nos grupos de domicílios que recebiam Bolsa Família, o rendimento médio mensal domiciliar per capita foi de R$ 635, enquanto naqueles que não recebiam, de R$ 2.227.

“Vemos que o aumento do valor médio do benefício contribuiu para o crescimento do rendimento per capita dessas famílias. E é um crescimento substancial, se a gente comparar 2019 com 2023. Em 2022, já tinha tido um aumento importante do rendimento médio per capita dessas famílias e, em 2023, isso cresceu ainda mais”, diz Gustavo. Entre 2019 e 2023, o rendimento médio per capita dos domicílios que recebiam Auxílio Brasil/Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto aumentou 8,6% entre aqueles que não recebiam o benefício.

Em março de 2023, o Auxílio Brasil deu lugar à nova versão do Bolsa Família, que manteve o valor mínimo de R$600 do programa anterior, que havia sido reajustado no segundo semestre de 2022, e incluiu novos benefícios de acordo com a composição familiar, o que provocou aumento do valor médio recebido. Inicialmente, o valor médio do Auxílio Brasil era de R$ 400.

Recebimento de rendimento de programa social e tipo de programa socialRendimento médio mensal real
domiciliar per capita (R$)
201220132014201520162017201820192020202120222023
Recebe Bolsa Família484513524500467449447446469417557635
Não recebe Bolsa Família196120142056196919601951202820511797169919672227
Recebe BPC-LOAS9059519719569359389039419799029401068
Não recebe BPC-LOAS164717011751169816791684175217761693157416881885
Recebe outros programas sociais811684827897785773912854954705851826
Não recebe outros programas sociais164017041747168416611666172617511936173516741867
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2023.

Desigualdade de renda permanece alta em várias comparações

Os pesquisadores observaram que os 10% da população com maiores rendimentos recebiam, em média, 14,4 vezes o rendimento dos 40% da população com os menores rendimentos. Esse valor se iguala ao registrado no ano anterior, o menor da série histórica da pesquisa.

“Com aumento significativo da ocupação e o pagamento de valores mais altos aos beneficiários do Auxílio Brasil em 2022, essa razão caiu para o menor valor da série, permanecendo assim em 2023, quando observamos um aumento considerável tanto da renda do trabalho quanto da renda proveniente de outras fontes, especialmente de programas sociais”, pontua o pesquisador.

O rendimento mensal domiciliar per capita dos 40% da população com menores rendimentos foi, em média, R$ 527, o maior valor registrado pela série histórica. A melhora também é explicada pelo recebimento do Bolsa Família e pela recuperação do mercado de trabalho no período. Na comparação com 2022 (R$ 468), o valor foi 12,6% maior. Comparado a 2019 (R$ 442), houve aumento de 19,2%.

Já o grupo composto pelo décimo da população com os maiores rendimentos tinha rendimento médio domiciliar per capita de R$ 7.580 em 2023, também alcançando o maior patamar da série. Houve crescimento de 12,4% ante 2022 (R$ 6.746). Quando considerado o 1% das pessoas com maiores rendimentos, a média recebida era de 39,2 vezes o rendimento dos 40% com menor renda. Esse grupo tinha rendimento médio per capita de R$ 20.664, em 2023.

Índice de Gini fica estável no menor ponto da série histórica

O índice de Gini, que mede a concentração da distribuição de renda em uma população, foi de 0,518 em 2023, repetindo o resultado do ano anterior, quando atingiu o menor patamar da série histórica. O valor do indicador varia de zero (perfeita igualdade) a um (máxima desigualdade). Nesse resultado específico, foi considerada a desigualdade referente ao rendimento médio mensal real domiciliar per capita recebido pela população do país.

A publicação destaca que houve uma tendência de redução da desigualdade entre 2012 e 2015 (de 0,540 para 0,524), mas a partir do ano seguinte, o indicador aumentou até chegar ao maior valor da série histórica, em 2018 (0,545). Nos anos seguintes, oscilou entre estabilidade, queda e aumento até chegar ao menor nível (0,518) em 2022.

Para Gustavo Geaquinto, o cenário de estabilidade é explicado tanto pelos movimentos no mercado de trabalho quanto pela ampliação dos programas sociais. “No último ano, houve aumento importante da população ocupada, ou seja, muita gente que estava fora do mercado de trabalho, sem renda do trabalho, foi reinserida. No entanto, o rendimento do trabalho cresceu a uma taxa mais elevada na classe dos 10% da população ocupada de maior renda. Por outro lado, também houve um crescimento considerável dos rendimentos de outras fontes, sobretudo da rubrica outros rendimentos, que inclui os programas sociais. Isso beneficiou fortemente a população de menor renda. Então houve esse efeito dos dois lados”.

Há diferenças marcantes quando observadas as grandes regiões do país. Ainda que o índice tenha caído no Nordeste (0,517 para 0,509), e alcançado o menor valor da série histórica, essa região ainda tem a maior desigualdade na distribuição de renda. Ela é seguida de perto pelo Sudeste (0,508), onde o índice cresceu na comparação com o ano anterior (0,505). O menor índice foi registrado pelo Sul (0,454).

“Em termos de desigualdade de renda, o Sudeste se aproximou bastante do Nordeste. Tanto no Sudeste quanto no Centro-Oeste, a variação positiva do índice de Gini do rendimento domiciliar entre 2022 e 2023 refletiu o aumento da desigualdade no rendimento do trabalho observada nessas regiões. Inclusive, duas UFs localizadas nessas regiões, o Distrito Federal e o Rio de Janeiro, estão entre as cinco com maior índice de Gini do país, juntamente com alguns estados do Nordeste: Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte”, destaca.

Fonte: IBGE

Depois de três meses de crecimento, volume de serviços recua 0,9% em fevereiro

O volume de serviços prestados no país recuou 0,9% na passagem de janeiro para fevereiro de 2024. O resultado chega após três meses de alta (novembro e dezembro de 2023 e janeiro de 2024), período em que registrou 1,5% de expansão. Assim, o volume de serviços ficou 11,6% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 1,9% abaixo do ponto mais alto da série histórica (dezembro de 2022). Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada hoje (12) pelo IBGE.

A pesquisa mostrou, ainda, crescimento de 2,5% no confronto contra fevereiro de 2023. No acumulado do primeiro bimestre de 2024, o volume de serviços cresceu 3,3% frente ao mesmo período do ano passado. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,2%.

 Volume de serviços (mês/mês anterior)

Fonte: IBGE – Pesquisa Mensal de Serviços

Quatro das cinco atividades investigadas na PMS tiveram queda no volume em fevereiro. De acordo com Luiz Almeida, analista da pesquisa, o resultado é fruto de um movimento de compensação após meses de alta. “É uma descontinuação dos ganhos anteriores. Como observamos, por exemplo, na atividade de profissionais, administrativos e complementares”, afirma. O grupo caiu 1,9% em fevereiro após uma alta em janeiro impactada principalmente pelo pagamento de precatórios, que influenciou nas atividades jurídicas. “Como não houve essa receita em fevereiro, acontece esse retorno ao patamar anterior”, explica. Os serviços de aluguel de máquinas e de locação de automóveis também contribuíram para a queda no grupo.

Outra importante retração foi do setor de informação e comunicação (-1,5%), que perdeu parte do ganho de 3,6% dos últimos quatro meses. “Nesse caso, as principais influências vieram de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, e de edição integrada à impressão de livros, que, com o fim da preparação para o início do ano letivo, mostrou um arrefecimento do mercado”, justifica o pesquisador.

As demais atividades com recuo em fevereiro foram transportes (-0,9%) e outros serviços (-1,0%). Apenas as atividades de serviços prestados às famílias registraram variação positiva, de 0,4%, o que não recupera a queda de 2,9% em janeiro. “Importante lembrar que este setor foi o último a se recuperar da pandemia, ultrapassando o patamar pré-pandemia apenas em dezembro de 2023. A queda em janeiro havia colocado o setor abaixo desse patamar. Com essa leve recuperação, ele volta a ficar acima, mas apenas 0,2%”, diz Luiz Almeida.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, o setor de serviços teve crescimento de 3,3%, com expansão em todas as cinco atividades e alta em 62,7% dos 166 tipos de serviços investigados na PMS.

Já no recorte regional, na passagem de janeiro para fevereiro, 14 das 27 Unidades da Federação (UF) acompanharam o índice nacional e apresentaram retração no volume de serviços. O impacto negativo mais importante veio de São Paulo (-1,0%), seguido por Paraná (-2,5%), Rio de Janeiro (-0,7%), Mato Grosso (-2,7%), Ceará (-1,3%) e Espírito Santo (-1,4%). Por outro lado, a Bahia (0,9%), seguida por Pará (1,7%) e Rio Grande do Norte (3,5%) tiveram as principais contribuições positivas do mês.

Turismo recua 0,8% em fevereiro

O índice de atividades turísticas recuou 0,8% em fevereiro, na comparação com janeiro. Foi o segundo revés seguido, com perda acumulada de 1,8%. O segmento se encontra 2,2% acima do patamar pré-pandemia e 4,3% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, houve equilíbrio, com seis dos 12 locais pesquisados acompanhando a retração nacional. A influência negativa mais importante ficou com São Paulo (-2,9%), seguido por Santa Catarina (-3,7%), Ceará (-5,4%) e Minas Gerais (-1,5%). Em contrapartida, Distrito Federal (8,3%) e Bahia (2,4%) assinalaram os principais avanços.

No acumulado do primeiro bimestre de 2024, as atividades turísticas registram expansão de 0,3% frente a igual período do ano passado.

Transporte de passageiros fica quase estável e o de cargas apresenta queda

A PMS também divulgou o volume de transporte em fevereiro. O de passageiros registrou quase uma estabilidade: um acréscimo de 0,1% frente a janeiro. Ainda assim, é o segundo resultado positivo seguido, acumulando ganho de 2,9%. O segmento ficou 5,4% abaixo do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 27,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).

Já o volume do transporte de cargas teve queda de 1,4% após ter avançado 0,8% em janeiro. O segmento ficou 5,5% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Já com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 34,3% acima de fevereiro de 2020.

No indicador acumulado do primeiro bimestre deste ano, o transporte de passageiros caiu 5,7% frente a igual período de 2023, enquanto o de cargas cresceu 5,5% nesse mesmo intervalo.

Fonte: IBGE

 

Vendas do varejo crescem pelo segundo mês consecutivo

Na passagem de janeiro para fevereiro, as vendas no comércio varejista no país aumentaram 1,0% e atingiram o maior patamar da série histórica iniciada em janeiro de 2000. É a segunda alta consecutiva, após o índice ter registrado crescimento de 2,8% em janeiro. A última vez que o varejo registrou dois meses consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em setembro). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (11) pelo IBGE.

“Entre os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso. Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, avalia o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Seis das oito atividades investigadas na pesquisa avançaram em fevereiro deste ano. Dentre elas, os destaques foram os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (9,9%) e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%), que exerceram as principais influências sobre o resultado total do comércio varejista.

“Avaliando esse setor sob a ótica de seus subsetores, percebemos que a alta veio da parte de produtos farmacêuticos. Houve um fator inflacionário que precisa ser levado em conta, que resultou em um crescimento de preços, mas um crescimento ainda maior em volume de receitas. Esse resultado de 9,9% é bastante expressivo e só vai se assemelhar a janeiro de 2022, quando o setor teve um crescimento de 9,4%”, lembra Cristiano sobre o setor farmacêutico.

Já o setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico registrou alta de 4,8% na passagem de janeiro para fevereiro e 9,6% no indicador interanual. O pesquisador do IBGE avaliou a o resultado frente aos resultados recentes do setor. “É um resultado que é bastante expressivo, pois é o segundo mês consecutivo de crescimento, o que também joga o bimestre para o campo positivo, de um setor que vinha sofrendo. Ao longo de 2023, apenas nos meses de agosto e novembro o resultado não foi negativo. Foi um setor que sofreu por causa de uma crise contábil em algumas empresas grandes que estão nessa atividade, que é muito influenciada por lojas de departamentos, que tiveram lojas físicas fechadas”, destaca.

Em fevereiro de 2024, o volume de vendas do comércio varejista cresceu 1,0%, frente a janeiro, na série com ajuste sazonal. No mês anterior, a alta havia sido de 2,8%. A média móvel trimestral variou 0,7% no trimestre encerrado em fevereiro.

PeríodoVarejoVarejo Ampliado
Volume de vendasReceita nominalVolume de vendasReceita nominal
Fevereiro / Janeiro*1,01,21,21,6
Média móvel trimestral*0,81,11,31,7
Fevereiro 2024 / Fevereiro 20238,210,99,711,9
Acumulado 20246,18,28,210,1
Acumulado 12 meses2,34,03,65,7
*Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas 

 

Por outro lado, entre janeiro e fevereiro, houve taxas negativas em dois dos oito grupos de atividades do varejo: Combustíveis e lubrificantes (-2,7%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%).

“Para o setor de Combustíveis e lubrificante, temos o segundo mês com viés negativo, com o dado de janeiro tendo sido mais perto da estabilidade. A queda efetiva em fevereiro tem uma ligação forte a uma base um pouco ais alta pois houve uma recuperação do setor no final de 2023, principalmente com um aumento no volume de receita em novembro e dezembro”, explica o pesquisador.

Já a variação de -0,2% em Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo é avaliada como um movimento lateral, de estabilidade. O gerente da pesquisa explicou que foi um resultado que segue o mesmo tipo de intensidade dos últimos meses, com exceção a janeiro, quando houve crescimento de 0,8%, sendo um setor que tem variado muito pouco nos últimos 6 meses.

Cristiano acrescentou que pode ser observado um movimento contrário ao que aconteceu até outubro do ano passado, quando o setor tinha um protagonismo tanto para quedas quanto de crescimentos. A atividade deixa esse protagonismo de lado para outras atividades que começam a ter alta volatilidade, como Outros artigos de uso pessoal e doméstico.

“Observa-se uma mudança de foco de consumo nos últimos meses que passa de um cenário de orçamento mais restrito, concentrado em produtos básicos, para um momento com mais espaço para que haja consumo de outros tipos de produtos. Tal cenário tem relação com o aumento do crédito, em virtude da diminuição da taxa básica de juros, assim como crescimento da massa de rendimento real e da população ocupada”, pontua.

Cinco atividades avançam na comparação com janeiro do ano passado

Em fevereiro, as vendas no varejo avançaram 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento foi disseminado por cinco dos oito setores do varejo restrito: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (18,5%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (10,5%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (9,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,6%) e Móveis e eletrodomésticos (3,7%).

Já os setores de Livros, jornais, revistas e papelaria (-6,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-0,5%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,2%) foram os únicos a registrar taxas no campo negativo nessa comparação. No varejo ampliado, as três atividades adicionais registraram alta: Veículos e motos, partes e peças (16,6%), Material de construção (5,0%) e Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%).

“Esse crescimento de 8,2% foi observado em 2021, que, no indicador interanual, foi comparado a uma base muito baixa de 2020. Quando houve o início da retomada da pandemia, nessa comparação interanual, percebemos uma grande alta por causa das grandes quedas observadas no primeiro ano da crise sanitária. Um fato muito interessante nesse indicador é que todas as Unidades da Federação observaram crescimento no comércio varejista em fevereiro, algo que havia acontecido pela última vez em abril de 2021, justamente na comparação com o pior momento da pandemia de 2020”, destaca o gerente da pesquisa.

Sindicato dos Bancários do Maranhão consegue liminar na justiça que impede fechamento de agências bancárias

O juiz Douglas de Melo Martins, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, concedeu liminar que proíbe o fechamento de agências do Banco Itaú no Maranhão sem prévia comunicação aos clientes e plano de acomodação destas clientes adequadamente.

A decisão, proferida nesta quarta (28), é resultado de Ação Civil Pública ajuizada pelo  Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Maranhão (SEEB/MA) e determinou que o Itaú Unibanco se abstenha de fechar quaisquer agências no Estado do Maranhão e mantenha em funcionamento as unidades da Cohama e da Rua da Paz, no Centro da capital.

De acordo com a decisão, a mudança unilateral anunciada pelo banco violou direitos básicos dos consumidores, incorrendo no descumprimento de oferta e lesão ao direito à informação. “Os consumidores atingidos pelo fechamento da agência sofrerão graves danos, decorrentes da diminuição na qualidade do serviço prestado, além de ficarem sujeitos a longos deslocamentos para que utilizem os serviços bancários contratados”, ressaltou o juízo.

Gerlane Pimenta e Alberto Félix, dirigentes do SEEB-MA, afirmam que essa é uma vitória histórica do Sindicato e do Procon-MA, que também assina a ação, contra as medidas abusivas.

Em caso de descumprimento da decisão, o banco deverá pagar multa diária de R$ 10 mil.

Banco Itaú fecha mais duas agências em São Luís

O Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA) informa que o Banco Itaú vai encerrar as atividades das agências Cohama e Rua da Paz, em São Luís. A previsão é que as unidades sejam fechadas até a primeira quinzena de fevereiro.

A direção do sindicato afirma que a medida prejudica não só os bancários, por meio de demissões, mas milhares de clientes, inclusive pensionistas, que utilizam os serviços e recebem seus benefícios previdenciários há mais de 20 anos nessas agências.

De acordo com o Itaú, o encerramento das unidades Cohama e Rua da Paz faz parte do processo de reestruturação do banco, que visa à digitalização, com menos agências físicas e maior uso de aplicativos e internet banking.

Para o SEEB-MA, é inadmissível que o banco feche unidades diante do lucro de R$ 26 bilhões obtido somente nos nove primeiros meses de 2023. Essa medida é prejudicial, sobretudo, para a população mais carente, que precisa do atendimento presencial.

Caso Francisco Alves, a resposta precipitada da sociedade

O assassinato do Motorista Francisco Alves da Silva, na última segunda feira é um retrato fiel de como a sociedade se pauta e movimenta hoje em dia num mundo cada vez mais refém da velocidade da internet.

É óbvio que um crime como esse provocaria uma reação em cadeia, um ato covarde dos suspeitos contra um profissional de uma categoria que vem sofrendo e tentando se adaptar às mudanças sociais que atingem a classe. Estava claro que haveria uma paralisação, e justa por sinal, mas desta vez as razões eram as falhas do poder público, tanto municipal como estadual. As câmeras de segurança dos ônibus sequer funcionam e o policiamento ostensivo não é capaz de atender a demanda, ainda mais depois de um fim de semana de escala cheia para oferecer segurança para a política de pão e circo de ambos os poderes.

Aí, meu amigo, a resposta tem que ser rápida, por que a pressão vem de todos os lados, principalmente da população que depende do transporte público para sobreviver. Os cidadãos não aguentam mais colocar a vida em risco ficando a mercê da criminalidade e da omissão de quem tem poder para resolver o problema.

Agora, analisando o fato sem o calor da comoção, a polícia militar deu sim uma resposta rápida, ela prendeu os três suspeitos de envolvimento direto no crime, fez o procedimento correto de apresentar à polícia civil, que consequentemente, encaminhou para a justiça. A justiça por sua vez, através da juíza Maria Conceição Rego também fez o correto ao analisar o caso ao rigor da lei e soltar um dos suspeitos.

E foi justamente no ato da Juíza que a sociedade influenciada pela opinião pública fez o julgamento precipitado  ao acusar a magistrada, onde dezenas de manchetes e opiniões carregadas de indignação a culpavam de colocar em liberdade um dos acusados do crime.

Mais uma vez fica claro que a opinião pública quer ter o poder de fazer justiça sem sequer conhecer os autos do processo. O pior é que já estamos num estágio que erros como esse não servem nem como reflexão, afinal não demora muito vem outro caso hediondo que vai “chocar” as redes sociais e assim sucessivamente.

Maranhão perde Parque Tecnológico Aeroespacial para a Bahia

Na última semana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o acordo para a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, em uma cerimônia no SENAI CIMATEC, em Salvador. Este será o primeiro Centro Tecnológico dessa magnitude no Nordeste. O empreendimento só foi possível graças a uma parceria entre o Governo Federal, Governo da Bahia e SENAI CIMATEC.

Lula disse ainda que fará uma série de viagens pelo Brasil anunciando investimentos. No Nordeste, o presidente irá em Pernambuco participar da cerimônia de retomada das obras da refinaria Abreu e Lima. Já no Ceará, lançará a unidade regional do ITA, renomado Instituto Tecnológico da Aeronáutica.

O Maranhão até vinha tentando timidamente trazer esses investimentos para o Estado, mas a ação ficou apenas na tentativa do quadro técnico da Universidade Federal do Maranhão que elaborou um projeto que englobava o curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA e a tentativa de trazer o ITA e o Parque Tecnológico Aeroespacial, mas ficaram isolados e sem nenhum apoio da nossa classe política.

Nossos senadores, Ministros nem e os nossos atuantes deputados federais se mobilizaram para a vinda desses importantes centros que reforçariam ainda mais o potencial do Estado tendo como alicerce o CLA de Alcântara.

Sobre o ITA, a escolha do Ceará é validada pelo número de alunos do Instituto oriundos do Estado. Nos últimos 10 anos foram 543 aprovados em um dos vestibulares mais difíceis do país. Já o número dos estudantes maranhenses que ingressaram no ITA é vergonhoso em comparação aos cearenses e ainda há quem exalte o desempenho da educação no Maranhão.

Sobre o Parque Tecnológico Aeroespacial, o Maranhão seria a escolha natural para receber esse investimento, afinal o CLA (CENTRO DE LANÇAMENTO AEROESPACIAL) fica aqui no estado e possui todas as condições favoráveis como a inegável localização geográfica que agrega o nosso complexo portuário, que além da conectividade com três ferrovias brasileiras já possui projetos que preveem a expansão para Alcântara.

Em conversa com este site, o Secretário de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Estratégicos José Reinaldo Tavares lamentou a perda do Parque Tecnológico Aeroespacial para a Bahia, e disse que  “Alcântara poderá ser mais competitiva quando estiver desenvolvendo sua própria tecnologia”. O que pelo visto deve demorar bastante para acontecer com a perda do Parque Tecnológico para os baianos.

Criador da Frente Parlamentar de apoio ao CLA quando era deputado federal, Tavares conseguiu recursos na ordem de 60 milhões para UFMA, CLA e ITA com intuito implantar o curso de Engenharia Aeroespacial na UFMA, onde os diplomas seriam emitidos pela Universidade Federal do Maranhão e pelo ITA. Mas depois disso ele desconhece o que aconteceu além de alegar que o curso estagnou e que nunca foi seguido o que estava no convênio.

A verdade é que mais uma vez o Maranhão pecou pela omissão, pela ausência de projetos e principalmente pela falta de união da classe política. E o resultado é que a base aérea de Alcântara continuará servindo apenas como terreno de aluguel para países que investem de fato em tecnologia e nossos jovens utilizados como mão de obra de baixa qualificação profissional.

Eu te conheço de outros carnavais

A geração de maranhenses que tem entre 40 e 70 anos guarda na memória as boas lembranças dos carnavais no interior do Estado onde todos aproveitavam o feriado prolongado para brincar com parentes e amigos num clima mais tranquilo de cidade pequena sem ter que se preocupar com os problemas do cotidiano da vida na capital.

Eu nunca gostei muito de carnaval, todos sabem que a minha preferência sempre foi o rock and roll, ainda mais depois de um “trauma” na adolescência na Marques de Sapucaí onde fui praticamente obrigado a passar a noite toda na arquibancada assistindo o desfile das escolas de Samba, para piorar ainda tomei um porre de malt 90, cerveja muito popular na época. Mas a melhor lembrança que tenho do carnaval do Rio é o bloco Cacique de Ramos que fazia o cortejo pelo centro da cidade com suas fantasias de origem indígena contagiando todos por onde passava, era a essência do verdadeiro carnaval de rua.

No ano seguinte vim conhecer meus parentes no Maranhão e fui passar o carnaval em São Bento, cidade natal da minha mãe, era a oportunidade de conhecer a outra parte da minha família. Não me recordo o ano, mas era no final dos anos 80 e sinceramente não tinha muita esperança naquele carnaval, afinal estava acostumado com a “grandiosidade” da festa carioca, mas logo no primeiro dia percebi um clima diferente nas pessoas, geste simples com caixas de maizena nã mão sem se preocupar com a aparência, havia barracas de palha na Praça Carlos Reis  e um pequeno palco na lateral onde a banda astral tocava todos os dias, já a rua principal era liberada para o desfile das escolas de samba e blocos, com destaque para a Relaxo do Samba, vencedora daquele ano.

Sinceramente foi o melhor carnaval que já tive, alias foi um dos poucos que me permiti a ver com outros olhos, ali as pessoas não estavam nem aí para mega estruturas, artistas nacionais, elas queriam apenas se divertir. Tudo era animado por nomes da cidade e mesmo com o pouco apoio do poder público que tinham entregavam uma alegria contagiante para todos da cidade. A prefeitura por outro lado não precisava comprometer suas receitas com custos exorbitantes como é nos dias de hoje.

E é justamente esse ponto que gostaria de abordar, os gastos exorbitantes de dinheiro público no carnaval.

Infelizmente no Maranhão os gestores passaram a tratar o carnaval como política pública destinando verbas pomposas para satisfazer seus egos travestidos de produtores culturais em busca de likes em redes  sociais, anunciando com euforia atrações que levam a maior parte da fatia das verbas enquanto representantes da cultura local tem que se contentar com cachês ajustados de acordo com a sobra do orçamento.

O mais curioso é que essas atrações ditas mais famosas foram perdendo espaço no mercado privado e para sobreviver direcionaram seu modelo de negócio para governos estaduais e municipais, afinal só eles possuem caixa para bancar todas as enormes exigências contratuais praticadas hoje em dia. São mega estruturas de palco, som, iluminação, painéis de led, passagens aéreas e aquelas regalias “básicas” para não deixar o artista estressado na hora de fazer o selfie com quem está pagando a conta com gordura para ambos os lados.

Uma luz no fim do túnel seria a atuação do Ministério Público, promotores de algumas comarcas até tem tentado coibir os excessos, porém falta uma espécie de “súmula vinculante” criando critérios claros, escalonados no tange o gasto de dinheiro público com eventos dessa natureza e principalmente para evitar interpretações caolhas da lei como vem acontecendo com o governo estadual e a prefeitura de São Luís onde destinam milhões em verbas debaixo dos olhos do MP e nada acontece.

Por fim é decepcionante ver o tão criticado pão e circo ser adotado como instrumento de doutrinação popular por gestores que pregam exatamente o contrário durante as suas campanhas e não importam se são de direita ou esquerda, as promessas são as mesmas e as atitudes infelizmente também.

Enquanto isso vamos tornar a assistir a reclamação do valor destinado ao apoio as escolas de samba locais ao mesmo tempo em que já vimos a liberação de 1 milhão para apenas uma escola do Rio de Janeiro. Vamos acompanhar também a desmontagem da “cidade do samba” e depois testemunhar o túmulo vazio do saudoso Circo da Cidade.

Será que não valeria a pena deixar de investir numa estrutura arranjada por 20 dias no centro histórico e erguer em definitivo o Circo da Cidade?

Em 2021, Brasil tinha 13,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs)

As Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais do IBGE revelam que, em 2021, havia 13,2 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) no Brasil. Esse número corresponde a 69,7% do total de empresas e outras organizações e a 19,2% do total de ocupados formais, já incluindo os MEIs. Houve altas ante 2019, quando o país tinha 9,6 milhões de MEIs, ou 64,7% do total de empresas e outras organizações e 15,2% do total de ocupados formais. Considera-se total de ocupados formais a soma do número de MEIs, seus empregados e o pessoal ocupado do Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE.

Realizado pela primeira vez no IBGE, este levantamento recebe a classificação de Estatística Experimental e foi feito exclusivamente a partir de diferentes fontes de registros administrativos. “Os MEIs têm ganhado cada vez mais espaço no mercado de trabalho formal do país, mostrando uma crescente evolução. A maior parte deles está concentrada na Região Sudeste”, explica Thiego Ferreira, analista da pesquisa.

De acordo com a legislação em vigor, os MEIs podem ter até um empregado. Na comparação entre os dados de 2021 e 2019, verificou-se que o número de MEIs empregadores ainda não retomou o patamar pré-pandemia de Covid-19. Em 2019, havia 146,3 mil MEIs com empregados, enquanto em 2021 o quantitativo reduziu para 104,9 mil.

Cerca de metade dos MEIs (50,2%) estava presente no setor de Serviços em 2021. O Comércio; reparação de veículo automotores e motocicletas respondeu por 29,3%, sendo essa atividade a que apresentou o maior quantitativo de empregados dos MEIs (48,3%).

Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza predominam entre os MEIs

Dentre as 15 classes mais representativas do Cadastro Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) 2.0, Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza se destacou em 2021, respondendo por 9,1% do total de MEIs (1,2 milhão). Em seguida, vinham Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 939,6 mil MEIs (7,1%), e Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, com 827,3 mil (6,3%).

Em 2021, do total de 673 classes da CNAE 2.0, o MEI esteve presente em 206. Mais da metade dos MEIs (55,7%) estão presentes nas 15 primeiras classes e quase 75%, nas 30 primeiras.

Cerca de 72,1% MEIs ativos em 2021 se filiaram nos últimos cinco anos. Apenas os filiados em 2021 (2,9 milhões) representam cerca de 1/5 de todos os MEIs.

Maior parte dos MEIs que trabalhavam em casa eram da área de Informação e comunicação

Do universo total de MEIs, 38,0% exercem a atividade na própria moradia. As atividades de Informação e comunicação (48,5%), de Educação (47,8%) e de Transporte, armazenagem e correio (45,3%) apresentam as maiores proporções de MEIs que exerciam a atividade na sua residência.

Por outro lado, nas atividades de Indústria extrativas e Alojamento e alimentação, apenas 10,2% e 31,3%, respectivamente, cadastraram o endereço do MEI o mesmo da residência.

53,3% dos MEIs são do sexo masculino e 30,3% têm entre 30 e 39 anos de idade

Em 2021, 53,3% do total de MEIs eram homens, enquanto 46,7% eram mulheres. Quando se compara a distribuição por sexo dos MEIs com a do universo das empresas e outras organizações do CEMPRE, no qual a participação feminina era de 44,9% contra 55,1% da masculina entre os assalariados, é possível constatar que as mulheres têm maior representatividade no micro empreendedorismo.

Pouco mais de um quinto dos MEIs, 22,0%, era formado por jovens que possuíam até 29 anos de idade. A maioria deles, 30,3%, possuía entre 30 e 39 anos; 24,5% possuíam entre 40 e 49 anos; e 23,3%, 50 anos ou mais. Na média, os MEIs tinham 40,7 anos de idade. As mulheres tinham 40,8 anos e os homens, 40,6 anos.

Somente 0,6% dos MEIs não eram brasileiros. A maioria dos estrangeiros eram de países que fazem fronteira com o Brasil. Bolívia (11,7 mil), Venezuela (6,1 mil), Colômbia (5,5 mil) e Argentina (5,5 mil) lideraram esse ranking.

Maior parte dos MEIs possui heteroclassificação branca e não tem ensino superior completo

Do total de 13,2 milhões de MEIs em 2021, 9,2 milhões possuíam nas fontes de registros administrativos utilizados a informação sobre cor/raça e escolaridade. Dentro desse conjunto, 4,4 milhões se declararam brancos, o que corresponde a 47,6% do total de MEIs presentes nesses registros. O segundo maior grupo é composto pelos pardos, que somam aproximadamente 2,9 milhões de MEIs (31,0%). Em seguida, apareceram os pretos, que corresponderam a 440,7 mil (4,8%). Os amarelos correspondem a 62,7 mil MEIs e os indígenas a 18,7 mil (0,7% e 0,2%, respectivamente).

Quanto à escolaridade, as mulheres apresentavam maior grau de instrução se comparadas aos homens. Enquanto 9,5% dos homens possuíam nível superior em 2021, dentre as mulheres esse percentual foi de 18,2%. Entre os homens, 9,9% eram analfabetos ou possuíam até o nível fundamental incompleto, enquanto entre as mulheres esse percentual era de 5,3%.

70% do MEIs estiveram no mercado formal de trabalho entre 2009 e 2021

Em 2021, dos 13,2 milhões de MEIs, 9,2 milhões (ou 70% deles) estiveram no mercado formal de trabalho em algum período entre 2009 e 2021. Há também o contingente que iniciou ou reiniciou um vínculo formal após a abertura MEI, equivalente a 3,1 milhões.

“Esse dado pode sinalizar um perfil de empreendedor que identificou no MEI uma oportunidade de adquirir experiência com a própria empresa para depois entrar no mercado de trabalho, bem como aquele que percebeu os desafios de abrir o próprio negócio e resolveu retornar, concomitantemente com o seu empreendimento, ao mercado de trabalho”, avalia Thiego Gonçalves Ferreira.

Do total de MEIs filiados em 2021 e com experiência prévia no mercado formal de trabalho desde 2009, 37,7% possuem até 3 anos de tempo de serviço formal.

O estudo mostra que 14,9% (2,0 milhões) dos MEI de 2021 também possuíam vínculo empregatício em 31 de dezembro do mesmo ano, um aumento importante frente a 2014, quando apenas 5,6% estavam na mesma situação.

“O indicador de MEIs que também são empregados pode auxiliar na compreensão do uso MEI como instrumento para empreender, pois talvez não seja esperado uma parcela elevada de MEIs tendo vínculo de trabalho com carga horária elevada concorrendo com sua própria atividade empreendedora”, destaca o analista.

62,2% dos MEIs com desligamento anterior à filiação foram desligados pelo empregador

A publicação também apresenta, para os MEIs filiados em 2021 e com data de desligamento anterior à filiação, as causas do desligamento. Observa-se que a grande maioria dos desligamentos são motivados pelo empregador ou por justa causa, 62,2%. Seguida de 22,6%, pela chamada de “Empregado”, por se tratar de rescisão sem justa causa por iniciativa do empregado ou exoneração de cargo efetivo a pedido do servidor.

“A causa do desligamento do emprego no setor formal pode estar relacionada não apenas com a motivação em empreender, como também com o desempenho do empreendimento. Essa causa, a depender da ótica, também pode ser associada como uma proxy de identificação de oportunidade do empreendedor, como também da sua necessidade de empreender”, pontua Ferreira.

Ocupação prévia predominante entre os MEIs ativos era vendedor de comércio varejista

Em uma análise do quantitativo de MEIs filiados em 2021, verifica-se que as ocupações prévias, baseadas na Classificação Brasileira de Ocupações, mais frequentes foram as de Vendedor de comércio varejista (154,3 mil MEIs), de Auxiliar de escritório (111,1 mil) e de Assistente administrativo (99,5 mil).

Quando relacionadas ao segmento econômico do MEI, cabe destacar que os MEIs que tiveram experiência prévia nas ocupações de Pedreiro e Servente de obras apresentaram maiores chances de abrir um MEI na atividade de Construção (76,7% e 35,8%, respectivamente), Motorista de caminhão (rotas regionais) no setor de Transporte (53,6%) e de Cozinheiro geral e Atendente de lanchonetes, 44,9% e 26,4%, respectivamente, desempenharam funções na atividade de Alojamento e alimentação.

A atividade Manutenção e reparação de veículos automotores se destaca por ser aquela que possui o maior percentual de MEIs com experiência prévia no mesmo setor (23,8%), seguido de Obras de acabamento (22,9%), Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços alimentares e bebidas (20,8%), e Transporte rodoviário de carga (20,0%).

Entre os MEIs que estiveram no mercado formal de trabalho nos últimos treze anos, 87,4% vieram de entidades empresariais, 7,4% da administração pública e 5,2% de entidades sem fins lucrativos. Ainda, 28,4% de entidades de grande porte, com 500 ou mais pessoas assalariadas.

Em 2021 houve saldo positivo de 2,1 milhões de MEIs

Em 2021, a taxa de entrada de MEIs foi 22,0%, equivalente a 2,9 milhões, sendo quase a totalidade de nascimentos. No mesmo período, a taxa de saída foi 6,5%, equivalente à saída de 857 mil. O resultado foi um saldo positivo de 2,1 milhões de MEIs.

As maiores taxas de entrada ocorreram em Agricultura, pecuária, produção, pesca e aquicultura (39,3%) e em Serviços (23,5%). Na ótica das saídas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,0%) tem a maior taxa entre os três setores mais representativos. O número de MEIs em 2021 cresceu 18,4% ante 2020, com destaque para Serviços (20,4%).

A taxa de sobrevivência dos MEIs no 5º ano de funcionamento foi de 51,6%, em média. Quanto mais jovem é o MEI ao abrir o empreendimento, menor a taxa de sobrevivência. Entre os MEIs com até 29 anos, essa taxa foi de 41,3%, contra 61,2% para aqueles com 40 a 49 anos. Os MEIs brasileiros têm taxa de sobrevivência (51,6%) menor que os estrangeiros (55,1%). As maiores taxas de sobrevivência foram na Construção (55,8%) e Indústria geral (54,4%).

Regiões Sudeste e Sul concentram o maior número de MEIs

Regionalmente, o Sudeste e o Sul do país se destacaram por apresentar as maiores concentrações de MEIs. São Paulo foi o estado com mais MEIs, 3,6 milhões (27,2%), seguido por Rio de Janeiro, com 1,5 milhão (11,5%), Minas Gerais, com 1,5 milhão (11,1%), Paraná, com 825,8 mil (6,3%) e Rio Grande do Sul, com 799,1 mil (6,1%).

O Rio de Janeiro (26,0%) foi a unidade da federação com maior proporção de MEIs em relação ao total de ocupados formais, seguida pelo Espírito Santo (24,8%). Já as menores participações ocorreram no Distrito Federal (10,9%), Acre (14,3%) e Maranhão (15,8%).

Mais sobre a pesquisa

As Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais estão sendo divulgadas pela primeira vez e recebem o rótulo de Estatísticas Experimentais. As informações aqui divulgadas e outras questões são respondidas diretamente no estudo, que está organizado segundo indicadores temáticos por características da empresa, sociodemográficas do empreendedor, experiência prévia no mercado formal de trabalho e demografia das empresas.

Desemprego recua e fecha trimestre encerrado em agosto em 7,8%

A taxa de desocupação foi 7,8% no trimestre encerrado em agosto de 2023. Uma queda de 0,5 ponto percentual (p.p) em relação ao trimestre anterior, de março a maio de 2023. Esse é o menor índice desde fevereiro de 2015, quando foi de 7,5%. Na comparação com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação caiu 1,1 p.p. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (29) pelo IBGE.

O contingente de pessoas desocupada foi de 8,4 milhões no tri encerrado em agosto de 2023, o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,5 milhões. Esse número significa um recuo de 5,9% na comparação com o trimestre encerrado em maio de 2023, o que dizer que havia menos 528 mil pessoas desocupadas no país. No confronto anual, a queda é ainda maior: 13,2%, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

 A queda na desocupação está diretamente influenciada pela alta de número de pessoas trabalhando, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio. A população ocupada chegou a 99,7 milhões, um crescimento de 1,3% (ou 1,3 milhão de pessoas) no confronto contra o tri encerrado em maio. Também um aumento, de 0,6% (mais 641 mil pessoas) na comparação contra o mesmo tri de 2022. Com isso, o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57%. “Esse quadro favorável pelo lado da ocupação é o que permite a redução do número de pessoas que procuram trabalho”, arremata a pesquisadora.

Três grupamentos de atividades foram responsáveis pelo desempenho do mercado de trabalho no trimestre móvel terminado em agosto. A maior variação no confronto contra o tri encerrado em maio foi de Serviços domésticos, que teve alta de 2,9%, o que significa um incremento de mais 164 mil pessoas ocupadas. Em seguida, o grupo de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com alta de 2,4% (ou mais 422 mil pessoas), principalmente na área da Saúde e da Educação pública. Fecha o trio as atividades de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas, que registraram expansão de 2,3% (mais 275 mil pessoas) ocupadas. “No geral, houve resultado positivo também porque nenhum outro grupo registrou perda estatística de trabalhadores. Mas esses três grupamentos, em especial, contribuíram no processo de absorção de trabalhadores”, afirma Beringuy.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas aumentou 3,9% (199 mil pessoas) no trimestre e chegou a 5,3 milhões, queda de 17,3% (1,1 milhão) no ano. Já a população fora da força de trabalho foi de 66,8 milhões, queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil pessoas) e aumento de 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.

Número de empregados com carteira assinada é o maior desde 2015; sem carteira também tem alta

A PNAD Continua mostra que trimestre móvel encerrado em agosto apresentou expansão na quantidade de trabalhadores tanto no segmento formal quanto no informal. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) foi de 37,248 milhões, o maior contingente desde fevereiro de 2015, quando foi de 37,288 milhões. Essa quantidade significa alta de 1,1% no confronto entre trimestre, ou seja, mais 422 mil com carteira de trabalho assinada. Na comparação anual, o aumento é de 3,5% (mais 1,3 milhão).

Também o número de empregados sem carteira no setor privado cresceu, passando para 13,2 milhões, aumento de 2,1% no trimestre (mais 266 mil pessoas), com estabilidade na comparação anual.

Além disso, também houve estabilidade no número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e na quantidade de empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas). Já o contingente de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2% no ano, uma perda de 509 mil pessoas. Entre os trabalhadores domésticos, houve alta de 2,8% frente o tri encerrado em maio, chegando a 5,9 milhões de pessoas.

Rendimento médio fica estável em agosto e massa de rendimento bate recorde

O rendimento real habitual do trimestre encerrado em agosto ficou estável na comparação com o tri de maio e foi de R$ 2.947. No ano, esse valor significa um crescimento de 4,6%. A massa de rendimento real habitual, por sua vez, chegou a R$ 288,9 bilhões e bateu recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

Mais sobre a pesquisa

A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone a partir de 17 de março de 2020. Em julho de 2021, houve a volta da coleta de forma presencial. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante.

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