Quando assumiu o governo em meados do ano passado, Brandão lançou o plano Maranhão 2050, um conjunto de políticas públicas de longo prazo para a proteção das minorias, populações vulneráveis, inclusão social, e respeito à dignidade humana e ao meio ambiente.
Criou uma comissão responsável pelos estudos do plano a ser entregue em 2023, que terá a participação de diversos segmentos da sociedade civil, por meio de audiências públicas e ferramentas digitais de consulta a população.
“Estamos traçando um grande plano de governo justo e com o olhar voltado para o maranhense” disse o governador em matéria publicada no site do PSB no mês de maio.
A ideia foi excelente, visionária e desprendida de qualquer meta eleitoreira. Afinal, um político lançar um plano para as próximas três décadas e com apenas quatro anos de mandato é digno de reconhecimento. Porém, não sabemos como anda a execução do tal plano, mas como a entrega foi prometida para 2023, é possível que seu lançamento esteja próximo. O plano deve estabelecer as diretrizes e macro objetivos para o Estado.
Esperamos que o Maranhão 2050 seja capaz de propor ações efetivas, porque quando se fala em desenvolvimento do Maranhão, as primeiras referências são a expansão da malha portuária na baía de São Marcos e o corredor do agro negócio. Projetos necessários e de grandes investimentos é verdade, porém, ambos de impactos ambientais e sociais preocupantes, que caminham na contra mão da tendência mundial de crescimento sustentável.
Alguns entusiastas já cravaram nosso estado como a bola da vez em alguma coisa e em algum lugar do passado, mas as expectativas nunca se concretizaram. Foi assim com a chegada da ALUMAR décadas atrás, com a mineradora VALE, com o próprio Porto do Itaqui e depois com o agronegócio que já devastou boa parte da região sul e agora avança pelo leste sem nenhum resultado eficaz, capaz de mudar a realidade do Maranhão, basta observar a evolução dos dados do IBGE, onde apesar do aumento do PIB os índices da pobreza continuam crescendo.
Brandão tem uma decisão de rumos difícil pela frente, todos sabem que é um governo de apenas um mandato e que precisa de projetos que possam marcar sua gestão. As ditas obras estruturantes por enquanto estão fora de cogitação por falta de tempo, continuidade e principalmente de recursos, que apesar da boa relação em Brasília, a previsão do governo federal com gastos já está 6% acima da inflação.
Vale ressaltar que o governo precisa manter projetos importantes como restaurante popular e dezenas de programas sociais como, vale gás, bolsa atleta, aluguel social, cheque minha casa, entre outros, que na ponta do lápis não deixam muita margem para o governo pensar em grandes obras para o Estado.
Dayse Waldorf
Essa ideia foi boa…se andar (andasse) de mãos dadas com o Plano Diretor da cidade, o Estado só tem a ganhar.
Ê Maranhão!