terça-feira, 2 dezembro, 2025

Apontado como o maior ponto de insegurança de Brandão para a sua decisão de disputar o senado, o Ministro dos Esportes André Fufuca está numa encruzilhada e de difícil acomodação.

Nem digo pela nota de “afastamento” de todas as funções partidárias divulgada por Ciro Nogueira, que na real só deixa mais explícito que o partido quer estar com os pés em duas canoas no próximo ano, ou vocês acham que o novo comando do Progressistas no Maranhão não terá um aliado de Fufuca? E a sua declaração dizendo que do partido não sai de jeito nenhum, que tal hein?

Para completar ao dizer em Imperatriz “meu corpo pode estar amarrado, mas minha alma e o meu coração estarão livres para ajudar Lula a ser reeleito”. Eu confesso que fiquei sem entender como vai funcionar isso na prática.

Na verdade, o PP é menor dos problemas para as pretensões políticas do jovem Ministro, o que está pegando mesmo é que tem mais gente de musculatura para compor essa chapa majoritária e nem mesmo a sua recente “conversão” ao lulismo pode ser capaz de colocar ele na frente dessa fila.

O ponto crucial é como o Lula vai equacionar essa conta, uma vez que já externou o desejo de ter Brandão no senado, assim como já disse querer Weverton e ainda tem Eliziane para acomodar nessa chapa, ou seja, a conta já está no limite com esses três e a questão é, como o presidente vai incluir o Fufuca nessa lista?

Um fato importante é que não tem uma declaração do Lula dizendo que quer Fufuquinha no senado, quem já disse isso foi o presidente da Federação União Progressista num evento em São Luís que veio declarar a apoio ao sobrinho do governador, mas como é público e notório o racha entre esses Lula e Rueda, esse desejo da federação está numa posição antagônica a necessidade de uma bancada genuína de esquerda que tanto se fala no meio político nesses dias mais extremos.

Do ponto de vista eleitoral a frase de arrependimento de ter votado no Bolsonaro passou a ser vista como um ato de traição pelos simpatizantes da direita no Maranhão e embora o Ministro tenha construído bases solidas ajudando a eleger quase 30 prefeitos, uma guinada ideológica como essa leva tempo para maturar na cabeça do eleitorado.

Para piorar, o “afastamento” do Ministro das funções partidárias do progressista enfraqueceu o seu poder de barganha no governo federal. A lógica da política diz que manter Fufuca no ministério dos esportes é uma decisão da cota pessoal do presidente Lula e isso podemos dizer que já um grande gesto que contempla bem as pretensões do jovem político maranhense.

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