Desde a chegada de Flávio Dino ao centro do poder na capital federal que o Brasil passou a acompanhar mais de perto a performance do ex governador do Maranhão.
Bem avaliado nacionalmente e saindo de dois mandatos exitosos, em um deles inclusive, com um cenário adverso durante a pandemia. Dino chegou a Brasília como estrela de primeira grandeza do governo Lula mostrando a sua capacidade nos atos extremistas do dia 8 de janeiro e depois do susto causado pelos órfãos tresloucados acampados nos quarteis, o Ministro da Justiça passou a perceber melhor como é o centro do poder brasileiro.
Acostumado a ter a última palavra no Estado, o Ministro foi obrigado a enfrentar a matilha bolsonarista em embates que demonstraram o nível fraquíssimo da maioria do parlamento. O primeiro foi um deleite para a esquerda ver lideranças bolsonaristas serem humilhadas em rede nacional. O segundo encontro rendeu mais um vasto material de humilhações para os escudeiros do ex presidente mitômano. Mas nas seguintes o interesse foi diminuindo naturalmente, afinal era apenas uma repetição dos que todos já haviam testemunhado, restando apenas o desgaste perene de enfrentar cães raivosos sem conteúdo e isso é muito pouco para o nível de Flávio Dino.
Mas com tanta repercussão Flávio passou a ser o centro das atenções do governo Lula, em algumas ocasiões maior que o próprio presidente e isso também deixou muita gente do seu campo politico incomodada, além disso, seu nome passou a ser badalado nacionalmente como futuro presidente, especulações que deixaram de orelha em pé os caciques do governo que sabem muito bem que fila precisa ser mantida, afinal os acordos foram amarrados com o fio do bigode.
Como diz sabiamente um velho ditado popular vamos unir a fome com a vontade de comer e uma vaga no supremo é um bom banquete por sinal, mas infelizmente não tem vaga para todos na mesa e nem mesmo o fantástico lobby em torno do nome de Capelli foi suficiente para o presidente escolher o jornalista como titular do Ministério da Justiça. Lula ainda deixou claro quem é que escolhe os jogadores do seu time.
Mas não pensem que Dino fechará a porta definitiva para a politica, até por que ele já largou a toga uma vez para ser governador ainda mais nos dias atuais onde o Supremo ganhou protagonismo midiático nunca antes alcançado, sem falar que a fila na corte é bem menor e com poder de sobra para tirar muita gente do jogo daqui alguns anos.