sexta-feira, 14 novembro, 2025

O sobrinho do governador Carlos Brandão e pré-candidato ao Governo do Maranhão, Orleans Brandão, virou motivo de chacota depois da entrevista concedida na última quinta-feira (13). Ao ser questionado se o parentesco com o governador atrapalharia sua candidatura, ele mostrou toda sua ingenuidade e despreparo ao se comparar a João Campos, atual prefeito de Recife e uma das lideranças políticas mais consistentes do país.
A única semelhança entre João Campos e Orleans Brandão é a juventude e o fato de ambos virem de famílias políticas. E só. No mais, Orleans está a anos luz do padrão de preparo, experiência e articulação que transformaram o pernambucano em referência.
João Campos perdeu o pai, Eduardo Campos, em 2014, e ainda assim construiu sua própria trajetória: formou-se engenheiro civil, fez política partidária, ocupando funções no PSB, atuou em gabinete de governo. Somente em 2018, 4 anos após a orte do pai, foi eleito deputado federal, com recorde de votos e venceu uma disputa majoritária na capital pernambucana. Depois, foi reeleito com votação esmagadora, consolidando uma gestão reconhecida nacionalmente.
Já Orleans Brandão traz no currículo cinco anos de formado em faculdade EAD e a fama de bom jogador de pôquer. Sua vida pública resume-se a um cargo criado em 2023, dentro do próprio governo do tio, uma posição sem autonomia, sem responsabilidade executiva e sem qualquer prova de capacidade administrativa.
É visto em agendas oficiais como garoto-propaganda de obras alheias, mas não existe registro de protagonismo, liderança própria ou articulação política independente. Nada que ofereça segurança a quem espera, no mínimo, preparo para governar um estado.
A comparação com João Campos seria trágica se não fosse cômica. De um lado, um ex-deputado federal e atual prefeito reeleito, com trajetória, voto, gestão e resultados. Do outro, um jovem de 30 anos, inexpressivo politicamente, campeão de pôquer e ausente justamente quando o Maranhão enfrentava crise grave na segurança pública, preferindo se deslocar para ilhas paradisíacas.
O fato é que Orleans Brandão não tem experiência, não tem trajetória, não tem demonstração pública de capacidade administrativa. Governar o Maranhão exige mais do que sobrenome, juventude e presença em agenda. Exige preparo. E, até agora, Orleans não apresentou nenhum.

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