sexta-feira, 7 novembro, 2025

O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer pela cassação dos diplomas do prefeito Wallas Gonçalves Rocha e da vice-prefeita Débora Heilmann Mesquita, de São Benedito do Rio Preto. O órgão também requereu a suspensão dos direitos políticos do prefeito pelo prazo de oito anos. O caso, que pode resultar em novas eleições no município, tramita na 73ª Zona Eleitoral de Urbano Santos.

A ação foi movida pela coligação “União e Reconstrução”, que acusa os gestores de abuso de poder econômico e político. A investigação apura supostos desvios de recursos do Fundeb para beneficiar a campanha de Wallas Rocha em 2024. Conforme o processo, valores teriam sido pagos a blogueiros locais para publicações favoráveis, a vereadores aliados e a familiares de integrantes do grupo político, sem comprovação de contraprestação de serviços.

A defesa dos investigados contestou a ação, alegando inépcia da petição inicial, ilicitude na obtenção de provas e negando que os pagamentos tiveram finalidade eleitoral. Alegou ainda que as transações foram provenientes de atos administrativos regulares.

O parecer do MPE, assinado pelo promotor eleitoral José Orlando Silva Filho, considera que o conjunto probatório – que inclui extratos bancários, depoimentos e informações prestadas pela própria prefeitura – demonstra um padrão de repasses a aliados políticos sem respaldo jurídico. O documento destaca que a ausência de vínculos formais com a administração municipal foi confirmada por ofício da prefeitura.

O município de São Benedito do Rio Preto é um reduto eleitoral da presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Iracema Vale. O processo segue para decisão da juíza eleitoral. Caso o pedido do MPE seja acolhido, o município deverá convocar novas eleições.

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