sexta-feira, 7 novembro, 2025

Essa semana um amigo querido ficou brabo comigo por uma brincadeira boba. Pior, que semana passada, outro amigo querido ficou brabo por que não sabia que era negacionista.  Nesse caos mavórtico que nos encontramos, e não falo daquele livro tolo Homens são de Marte, mulheres são de Vênus, aqui parecem todos marcianos. Ah! Se John Gray viesse aqui! Rsrsrsrsrs Melhor, que temos Avi Loeb.

 

Escritores são todos charlatães. Pessoas cujo único dote é a escrita, não são de confiança. James Joyce já dizia “Write it, danm you. Write it! What more else are you good for? Ou seja, numa tradução timbira: escreve misera! Pra que mais tu presta?

Eu digo escritores mesmo, não jornalismo (que é outra coisa, e se exime disso), isso que é quase inefável, que é o oposto de “Torto arado”, ou de “O morro dos ventos uivantes”, aquilo que a gente até pode dizer o que não é, mas é difícil dizer o que é.

Isto posto… (A bênção P. Vieira).

Então, se a gente quiser ver as coisas sem paixão, isso que Cioran e Nietzsche odiavam, o que resta é uma mesquinharia sem tamanho. Nietzsche dizia que “A cultura não pode absolutamente dispensar as paixões, os vícios e as maldades”.

Nos seus Silogismos da Amargura, o romeno afirma que “quando a ralé adota um mito, conte com um massacre ou, pior ainda, com uma nova religião”. Já tivemos um exemplo recente disso, meu medo é o próximo terminar numa GRANDE VAQUEJADA: risco duplo.

Mas seguindo nos meus delírios de escritor ainda me rebate o Cioran “Só tem convicções aquele que não aprofundou nada”. E a gente pensa naquele fim de semana que é pra comprar carne, e temos seis pessoas pra sustentar, e carne é muito caro, ainda que seja na Feira do São Francisco.

O Maranhão está numa encruzilhada. Meus amigos do Blues ririam de mim. E numa encruzilhada adolescente, porque jovem e porque tola. E um bando de gente versada e passada na casca do alho ainda naufraga. Só lembro o poeta paraense Guaracy Brito Jr. quando escreveu: “Num certo sentido, o medo atrai urubus”. Mas só pra concluir com Cioran: “O combate que travam em cada indivíduo o fanático e o impostor faz com que não saibamos nunca a quem nos dirigir”. Nan! Ar”Maria!

Então, no meio dessa balbúrdia toda, tem um cara, o neurocientista Robert Sapolsky que há muitos anos diz que “não estamos no controle de nossas decisões, que o livre-arbítrio é um mito”. E ele não é o único que fala isso, ainda tem o Daniel Kahneman e outros…

Mas, enfim… Tá cheio de certezas por aí… Todos, de cada lado, sabem do seu lado. Sabem o exato significado de suas coisas. E isso é fácil. Agora, pergunto a cada um desses gênios: afinal, que diabos é o 3I Atlas?

Deixe uma resposta