Em um discurso emocionado, no plenário da Câmara dos Deputados, o vice-líder do governo Lula, deputado Rubens Júnior (PT), fez graves denúncias contra o Governo do Maranhão, nomeando o Governador Carlos Brandão e o irmão dele, Marcus Brandão.
Rubens Júnior (PT), anunciou a saída de sua família do governo do Maranhão e denunciou uma rede de “gravações ilegais e clandestinas” feitas dentro da sede do governo, onde e outros políticos e gestores tiveram conversas gravadas.
As mesmas divulgadas hoje pelo deputado Estadual Yglésio, que foi chamado de “porta voz do governo Brandão, para trazer estes áudios ilegais. Bolsonarista reconhecido que mostra a preferência política do governador Brandão, quando ele se abraça com o que há de pior na política do Maranhão”.
O parlamentar revelou ter sido vítima de espionagem após aceitar um pedido do próprio Brandão para mediar uma reconciliação com o ministro do STF Flávio Dino. Segundo Rubens Júnior, a conversa foi gravada clandestinamente por ordem do governador e de seu irmão, Marcus Brandão, e depois distorcida para fins políticos. “Repito: gravações ilegais e clandestina só são feitas por mafiosos e criminosos”, afirmou Rubens Jr.
“Já vi adversário gravar adversário, que já seria algo repugnante, mas gravar um aliado”, declarou o deputado, visivelmente abalado. “O governador me chamou para ajudar a construir a paz. Fui emissário do próprio Brandão. E o que recebo em troca? Uma gravação ilegal.”
Rubens Júnior fez um alerta sombrio aos colegas: “Se gravaram um deputado federal, vice-líder do governo e filho do secretário de articulação política, quem garante que vocês também não estão sendo gravados?”
O deputado alertou que, se um parlamentar de seu perfil, “deputado federal, filho do articulador político e liderança nacional do PT”, foi alvo dessas práticas, nenhum outro político estaria seguro.
Como resposta às acusações, Rubens Jr. anunciou que o pedido de exoneração de seu pai, Rubens Pereira (Rubão), do cargo de secretário de Articulação Política do governo do Maranhão, é “irrevogável e irretratável”. Ele justificou a decisão como uma questão de “coerência política e moral”.
Em seu desabafo, Rubens Jr. comparou a situação atual do Maranhão com as práticas políticas que haviam sido superadas em 2014, quando apoiou a mudança no estado. Agora, segundo ele, Brandão trouxe de volta tudo o que havia ficado no passado.
